“Precisamos de algum treinamento para estarmos preparados para a era digital".
"Do que exatamente você precisa?"
"Não conseguimos chegar a um consenso. Parece que esse tema é um pouco diferente para cada um de nós".
"E, para o que você quer se preparar?"
"Bem, para tudo que o mundo digital trará."
"Ok. E existe alguma estratégia para isso em sua empresa? Algum objetivo ou uma visão?"
"Ainda não chegamos tão longe. Já existem muitas ideias, mas ainda não há decisões".
"E o que, exatamente, deveria ser diferente após o treinamento?"
"Nós queremos saber como teremos que liderar no futuro."
"Ok, algo como liderança digital, você quer dizer?"
"Sim. Algo assim."
A discussão com nosso cliente foi mais ou menos assim. Um pequeno grupo de líderes estava sentado à nossa frente. Todos tinham a sensação de que tinham que fazer algo diferente. Todo mundo já havia passado por algum treinamento de métodos ágeis e utilizado o Design Thinking. Mas um objetivo claro e comum a todos sobre o que eles esperavam de um treinamento de liderança não tinha sido visto por ali.
"Ok. O que vocês acham disso. Podemos fazer um programa que aborde os desafios que estão enfrentando juntos. E, talvez ao final, possamos chegar a uma meta para o seu programa?"
Hmmm. E como seria isso?
"Nossa proposta é encarar o programa de desenvolvimento como uma jornada para o desconhecido. Uma jornada onde, a cada etapa, analisamos o que é certo e importante para o próximo passo. Uma jornada onde não falamos de novos métodos na teoria, e sim procuramos métodos específicos que eles poderão usar amanhã mesmo".
"Parece interessante, podemos tentar?"
E foi assim que 02 consultores da Movendo partiram para a jornada com 06 líderes. Seis pessoas que desejavam lidar com seu desafio da liderança digital sem nenhuma atribuição oficial da empresa e sem o desejo de seu superior direto. Simplesmente motivadas por seus próprios desafios. Em nosso primeiro workshop os participantes discutiram quais eram os reais desafios enfrentados naquele momento. Em seguida, olharam para estes mesmos desafios numa perspectiva de um e de cinco anos. O que vai mudar? O que ainda não está claro e é incerto?
Rapidamente compreenderam onde estavam seus problemas reais: no sentimento. Naquele sentimento perturbador de entender que, de repente, já não poderão mais dividir aquele problema maior em pequenas etapas; e de perceber que, como líder, já não são mais os especialistas na resolução de problemas, uma vez que agora devem ser o facilitador do encontro dessa solução.
Discutimos bastante e percebemos: é dessa maneira que funcionam as tarefas complexas. E tudo bem.
Ao final, ouvimos: “Não acho que precisamos da Liderança 4.0, estou jogando fora as propostas comerciais. Precisamos apenas definir nossos desafios coletivos e ter ideias sobre como trabalhar com nossas equipes".
É assim que a Movendo pensa. É uma jornada para o desconhecido, uma Odisseia da Liderança. Estamos ansiosos pelos próximos passos!